A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (24) a Operação Discovery 30, voltada ao combate do abuso sexual infantojuvenil. Em João Pessoa, foi cumprido mandado de busca e apreensão contra um investigado que, segundo as autoridades, poderá responder por armazenamento de material de abuso sexual de crianças e adolescentes, conforme o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A pena prevista é de até quatro anos de prisão, sem prejuízo da responsabilização por outros crimes mais graves que possam ser constatados a partir da análise do material apreendido.
A ofensiva acontece na esteira da repercussão do caso envolvendo Hitalo José Santos Silva e Israel Nata Vicente, presos preventivamente e acusados de crimes como exploração sexual de adolescentes, além da produção e divulgação de material sexualizado envolvendo menores. Nesta terça-feira (23), a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) negou, por unanimidade, o pedido de habeas corpus em favor dos acusados.
O processo (nº 0815967-87.2025.8.15.0000) teve como relator o desembargador João Benedito da Silva, que destacou a necessidade de manter a prisão. “Há necessidade de produzir provas em audiência, porque se não a prova vai ficar efetivamente prejudicada”, afirmou.
Com a Discovery 30, a Polícia Federal sinaliza que o cerco contra criminosos que armazenam e compartilham material de abuso sexual infantil segue sendo prioridade, em meio a um dos temas que mais têm chocado a opinião pública na Paraíba e no país.