Defesa vê pena excessiva e diz que Bolsonaro não atentou contra o Estado Democrático de Direito

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (11) que recebeu com “respeito” a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão na ação da Trama Golpista, mas manifestou “profunda discordância e indignação” com o resultado.

Em nota assinada pelos advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno, a equipe jurídica de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente “jamais participou de qualquer plano e muito menos dos atos ocorridos em 8 de janeiro” (veja a íntegra da nota mais abaixo).

Críticas à decisão

Segundo a defesa, Bolsonaro não atentou contra o Estado Democrático de Direito e deveria ter sido julgado em primeira instância ou pelo plenário do STF, e não pela Primeira Turma.

Os advogados também voltaram a sustentar que não houve tempo suficiente para analisar todas as provas apresentadas no processo.

“A falta de tempo hábil para analisar a prova impediu a defesa de forma definitiva”, afirmaram.

Pena considerada excessiva

Na avaliação dos advogados, a pena definida — a mais alta entre os oito réus julgados — é “absurdamente excessiva e desproporcional”.

A defesa anunciou que pretende recorrer da decisão:

“Após analisar os termos do acórdão, ajuizará os recursos cabíveis, inclusive no âmbito internacional.”