A ambição pelo poder valeu a pena em Serra Branca?

De uma das bancas de apostas mais rentáveis do país, a Pixbet, um verdadeiro fenômeno no ramo, nasceu o desejo do empresário e conterrâneo Ernildo Júnior de entrar para a política. O plano era ousado: colocar Michel Alexandre na disputa pelas eleições municipais de Serra Branca, com a promessa de transformar a cidade em um novo polo de desenvolvimento, progresso e oportunidades.

A população acreditou. Foram dias de festa, shows com atrações nacionais e até helicópteros sobrevoando a cidade em um espetáculo de marketing político que conquistou corações e votos. Serra Branca parecia prestes a viver um novo tempo.

Mas, dez meses depois, o cenário é outro e a realidade cobrou caro pelas ilusões vendidas. Os muros começaram a ruir, o helicóptero parou de sobrevoar o céu serrabranquense e o brilho das promessas se apagou.

A banca Pixbet, que já foi uma das principais patrocinadoras do Flamengo com um contrato milionário, perdeu espaço e protagonismo. Os investimentos privados que eram anunciados com tanto entusiasmo estagnaram, muitos, inclusive, enfrentando barreiras legais e ambientais.

Enquanto isso, o grupo político mergulha em escândalos sucessivos. Convocações para depor na CPI das Fraudes do INSS, denúncias sobre o uso indevido de um caminhão-pipa da Codevasf, cedido a Serra Branca e visto sendo utilizado em evento privados na Arena Pixbet e um crescente sentimento de desconfiança e instabilidade entre a população.

Hoje, Serra Branca vive um momento de incertezas. A cidade, que sonhou com o progresso, sente o peso de uma gestão marcada por polêmicas, promessas não cumpridas e um grupo que parece ter se perdido entre o poder e a vaidade.

E a pergunta que ecoa é inevitável: Valeu a pena a ambição pelo poder? Porque, ao que tudo indica, o preço pago por essa vaidade política tem sido alto e quem sofre as consequências é o povo serrabranquense.